Não há coincidências?

Cada vez mais, acredito no destino. Parece que se fazem "congeminações planetárias" nas nossas costas para estarmos naquele sítio onde não era suposto estarmos ou aparecer-nos caídinha do céu aos trambolhões uma pessoa que nunca conheceríamos se não estivéssemos nesse mesmo lugar, nesse dia, a essa hora. E sabe muito bem constatar ao longo dos anos que essa pessoa nos fazia MESMO falta. Mesmo mesmo mesmo. Isto pode acontecer com apenas uma pessoa ou pode ser uma sucessão de acontecimentos, mas até assim, há sempre alguém que se destaca. Porque tem de ser.
Adoro ter alguém que me lê os pensamentos, que termina as minhas frases, que fala ao mesmo tempo que eu, que tem os mesmos humores nos mesmos dias (ou nas mesmas horas, minutos, instantes, whatever), os mesmos ideais e atitudes, e que apesar do feitiozinho igual - que leva normalmente a confrontos, amuanços, etc - sabe discutir comigo e, principalmente, sabe não-discutir. Sabemos o que nos faz rir (oh, se sabemos) mas temos plena noção das nossas divergências a ponto de sabermos também onde temos de parar. Se tivermos de gritar e chorar, sabemos pedir desculpas. E nem todos sabem. Há entreajuda, há reconhecimento, há pedestais, há redomas, há adoração, há até amor, mas há também muito respeito.
Acho que todos merecemos ter alguém fora do nosso sangue tão igual a nós que sentimos que irá fazer parte da nossa vida para sempre, inquestionávelmente. Eu tenho. E não precisei que chegassem as "horas más" para ter a certeza.
Os amigos escolhem-se, mas se tivermos uma ajudinha dos deuses para esbarrar com eles...