Não chores por mim, Lapónia?

Pronto, está oficialmente aberta a época do ano que me deixa mais deprimida que nunca: o Natal.
Não suporto, detesto, odeio, deprime-me, provoca-me instintos suicidas. O Natal é para as crianças e acabou. Ou para famílias que cultivem realmente o espírito familiar.
Adorava poder fazer os planos que quisesse e com quem quisesse. Talvez quando formar a minha própria família, talvez quando me levarem de mão dada pela Baixa Lisboeta a ver as luzes, talvez quando conseguir fugir para um recanto longínquo com o meu mais-que-tudo, talvez quando as presenças forem mais importantes que as prendas (sim, eu gosto de prendas, mas em vez de dar por dar, quase como obrigação, só porque é Natal e o camandro, prefiro algo que me mostre que foi comprada - ou feita - a pensar em mim, na minha maneira de ser, no valor que eu dou aos pequenos pormenores, à criação de um ambiente para receber esse gesto), aí, talvez o Natal passe a fazer sentido para mim. Quem sabe um dia.
Até lá, vou ter de sobreviver a mais um... Sonhando com o meu Natal ideal.
(Não se preocupem, não é por isso que vou deixar de vos desejar um Feliz Natal! Vocês não têm culpa.)