Os Mag-níficos? III

ORQUÍDEA, a barbie
27 anos, a caminho dos 28.
Mem Martins, com muita pena dela.
Apanha a IC19 todos os dias que se lixa. (Toma lá que é para não desconversares.) Mas tão "depressa" está em Lisboa como em Sarrafães-de-Cima.
E tão depressa está a rogar pragas a toda a gente que não lhe liga, como se derrete para quem lhe deu atenção.
Fica linda de côr-de-rosa. (Daí a Barbie... Ah, e ser loira, convém!)
É boazinha como o raio que a parta, até me enerva, e só fica violenta com fome. (Isto do "violenta" sou eu a exagerar para ver se lhe dou um ar decente, é que ela é mesmo boazinha, xiça!)
Pelo sim, pelo não, está inscrita nos Assassinos Anónimos, não vá dar-lhe a travadinha de repente...
Tem o curso profissional de Leitura de Pensamentos à Distância, cada vez que penso nela telefona-me.
Adora Dido e tudo o que seja música deprimente.
Canta karaoke e ninguém se livra de ouvir o "Take my breath away". (Ah pois é...)
Antes de perguntar o nome a alguém, pergunta o signo. E depois lá vêm as frases ex-libris e, juntamente, o ar triunfante:
"Eu não disse que só podia ser Leão?? Topo-os a léguas!"
"Ah, logo vi, típico de Gémeos!"
"Claro, palhacinho como nós, tinha de ser Balança..."
"Caranguejos?! Nem pensar!!"
Qualquer dia, quando se fartar da informação médica, monta uma barraquinha com a Camélia onde fazem consultas de astrologia. (Já vi isto mais longe...)
Quando está a guiar, adora apitar e dizer adeus a toda a gente. Depois ri à parva.
Não consegue acertar na porra de um provérbio, nem uma única vez.
Já trabalhámos juntas durante 3 anos e "morávamos" no mesmo cacifo. E um cacifo diz muito sobre uma pessoa... (É bichinho que não se cala...) Por isso, e muito mais, é minha amigona!
Diz constantemente que estamos na vida uma da outra por alguma razão e eu, apesar de ser a única Balança não-esotérica neste mundo, tenho de concordar com ela. (Também se não concordar levo com uma injecção filosófica sobre os trânsitos dos planetas, vidas passadas, espíritos e afins, que nunca mais me recomponho!)
Temos a capacidade de falar durante horas ao telefone (mesmo nos dias em que vamos estar, ou já estivémos, juntas) e inventar as personagens mais absurdas.
Tudo o que conseguiu até hoje dependeu única e exclusivamente dela mesma. Das suas capacidades, da sua perseverança. Mas também tem dias em que perde as forças. E aí, mesmo que ela não peça - que não pede, mas basta observá-la -, devemos dar-lhe colo.
Está a ver se se apaixona a sério. Eu tenho esperança, seja por quem for, desde que a mereça. Porque ela já merece ser feliz.