domingo, fevereiro 20

A minha vontade é maior que a tua?

Vou dar-vos um exemplo muito simples para ilustrar um problema um tanto ao quanto complexo. E isto da complexidade tem a ver com a pessoa que cria o problema sem necessidade, não o problema em si, já que de complexo tem pouco, senão vejam: se eu não gosto de omoletes e se toooooooda a gente já sabe que não gosto de omoletes, a que propósito é que alguém tem de me falar em omoletes constantemente? É básico, não é? Não se fala no assunto e ponto final. Pois, isso achava eu, mas é aqui que entra a complexidade da coisa. Quando é suposto essa pessoa que fala-fala-fala-fala ser-nos próxima e conhecer-nos muito bem, trata-se de uma falta de respeito ainda maior pela nossa vontade ou uma imposição ainda mais grave da vontade dessa mesma pessoa, que só por gostar de omoletes acha que toda a gente tem de gostar também? Portanto, tendo em conta que quem faz isto é porque não se toca, além de não saber ouvir quando discordam das suas opiniões (e tendo em conta que a minha paciência já ultrapassou todos e quaisquer limites), tento ignorar como tenho feito até agora e fico caladinha até rebentar, ou dou-lhe já dois berros? Não é suposto, e já que nos consideramos tãããão inteligentes, sabermos distanciar-nos de nós próprios para analisarmos os nossos actos, os nossos discursos, as figurinhas que fazemos e os incómodos que podemos provocar, principalmente, naqueles que nos rodeiam no dia-a-dia?
Bom, pior que isto - ou não - só mesmo alguém que não gosta de omoletes mas passou a gostar apenas porque outro lhe disse que gostava... Odeio falta de personalidade. Dá-me comichões, arrepios, voltas ao estômago. Só não me dá para ser violenta. Ainda.

4 Comments:

Blogger Camélia said...

Pois é..ainda! Pois no dia em que ficares violenta de tão farta de ouvir falar sobre omeletes e canja de galinha, não quero nem sequer imaginar o estado lastimoso (lastimoso? Naaa, lastimoso já deve estar com a falta de personalidade que por ali habita), melhor, o estado petrificado e o estado "caí em mim" que a personagem ficará após o teu acto de violência, não física, claro, mas verbal........nhámiga, se há alguém que tenha o dom da palavra, és tu!

Para dizer bem, mal e para deixar KO qualquer um armado em Hulk!

Um grande bem haja de quem tão bem te entende!

11:04  
Blogger Magnolia said...

Obrigada amiga, é que eu acho que já preciso de alguma solidariedade senão rebento a qualquer instante! Sinto-me em contagem decrescente... E eu sei como consigo ser "específica" em relação ao que não me agrada, é isso que eu temo. Uma coisa é quando digo na hora, outra coisa é quando acumulo... se acumulo é porque tenho sempre esperança que os outros vejam por eles mesmos, quando isso não acontece, aí, é preciso estofo para me ouvir. Parto do princípio que os outros são como eu, analisam o que fazem, e depois dá molho. Ai, ai... sai mas é uma dose de pica-pau ali para a mesa 5.

11:48  
Blogger S. said...

Solidariedade? Qual solidariedade? Se a pessoa gosta tanto de omoletas assim, espeta-lhe já com uma nas fussas e esfrega bem até ela ficar a gostar tanto de omoletas como tu.
Quando não há nada a fazer e as pessoas não se tocam ou lhes fazes o mesmo (e muitas vezes nem assim se tocam) ou afastas-te (que é de LONGE o melhor que tens a fazer).
Nem todas as pessoas merecem a nossa companhia. Há que discernir para conseguir investir em nós mesmos e em quem merece.

Agora n apagues este comentário e devolve-mo sempre que eu atravessar uma crise da omolete, sim amiga?

13:31  
Blogger Magnolia said...

LOOOOOOOOOOOL, não te preocupes minha querida, assim que achar que entraste na "fase omolete" lembro-te logo, prometo! Faço um copy/paste e mando-te de 5 em 5 minutos! :D
Se eu ficar chata, por favor, digam-me! Chegar à fase omolete é degradante...

17:16  

Enviar um comentário

<< Home