Fujam deles?
Estava eu muito bem a ouvir a Carla Bruni (sim, sim, a ex-top model que sussurra em francês ao som de uma viola, sim... EU GOSTO, OK??) quando, de repente (e para dar uma volta de 180 graus ao meu estado de espírito), recebo a música mais viciante dos últimos tempos, da qual andei a fugir a sete pés. E lá tinha as minhas razões... Como se não bastasse aquilo entrar-nos pelos ouvidos dentro e insistir lá ficar, o raio da música tem o dom de nos fazer perder toda e qualquer compostura! Porquê? Porque depois de se ouvir 300 vezes, o nível seguinte desta verdadeira prova de obstáculos é tentar acompanhar a letra! E se há coisa fácil de dominar é a língua romena... mas enquanto não acertarmos, não desistimos! Ou seja, toma lá música mais 500 vezes! Bom, e lá segue o bonito espectáculo, com gente bem animada, a rir feita parva, de bracinhos no ar, a cantar bem alto...
Vrei sa pleci dar nu ma nu ma iei,
Nu ma nu ma iei, nu ma nu ma nu ma iei.
Chipul tau si dragostea din tei,
Mi-amintesc de ochii tai.
AAAAAAAARGH, LARGUEM-MEEEEEEE!!!
12 Comments:
Não são romenos, são moldavos.
E sim, até aqui neste ambiente empresarial, se abana a cabeça como se estivéssemos todos cheios de piolhos! A letra já corre todos os pisos, e os bracinhos ondulam no ar. É impossível ficar indiferente a algo t~~ao contagiante. SÓ O MEU CHEFE!
Camélia
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Olá!
Carla Bruni é muito giro sim sra. e sabe muito bem ouvir. Bom gosto (também para mau gosto já basta seres benfiquista! :) ). Quanto ao romeno que puseste aqui, suponho que seja a música de péssimo gosto e totalmente gay dos O-zone.
Como trabalho de perto com a música portuguesa, apenas penso como é que trabalhos tão bons que têm aparecido por cá são quase ignorados e uma coisa tão... tão deficiente... consegue dois feitos: 1. ser exportado (era bem melhor ser Portugal a exportar Gomo, por exemplo); 2. chegar aos 10+ de vários países (coisa que só Madredeus, Mariza e Amália conseguiram além-fronteiras). Acho que algo está errado... Provavelmente foi o prazo de validade dos consumidores de música que expirou.
Inté!
Mas o irónico é que tudo o que é música Gay tem um sucesso daqueles: vejam-se os Village People ou os Hot Chocolate.
Vou de férias. Uma semana. Só queria partilhar isto c/ vocês.
Nrow, toma conta do balde das gorjetas por mim, que eu depois trago-te uma recordação das festas da Moita (provavelmente venho cheia de esparadrapos e curativos por causa das largadas a horas impróprias e das salvas de morteiros, também a horas impróprias - por isso ñ venho trabalhar).
Caméli...
Camélia, boas férias!
Diverte-te!
Quanto à "músicagay", tende a ser uma música algo infantilóide e que agrada aos putos mais novos, que normalmente são aqueles que (ainda) não fazem pirataria (que ainda não têm em que gastar a mesada, ainda não saem à noite regularmente, ainda não têm despesas com carro, etc.). Como vende que se farta, os canais de rádio e televisão pensam que é aquilo que a maioria do povo quer coloca aquilo em air-play e quando damos por nós toda a gente conhece essas músicas e estamos num blogue a comentá-las.
Mas Carla Bruni é agradável e não percebo porque é que a Magnólia fez um comentário como se fosse a única a gostar...
Obrigada Manuel!
Também gosto de ouvir a Carla Bruni, por dois motivos: 1 - Porque gosto;
2 - Porque deixei de ver as modelos como "ignorantes elegantes" depois de ouvir esta senhora cantar.
Camélia
Oh Manel, eu fiz aquele comentário porque, infelizmente, há muito pouco bom-gosto musical neste país! (Até tu criticaste, certo? Não conheço muita gente que goste da amiga Bruni, mas a colectânea Now 835 deve vender como pãezinhos quentes... Basta estarmos atentos às tabelas de vendas.) Não estou a ver uma Rádio Oxigénio (boa, muito boa mesmo, talvez a primeira a passar, por exemplo, Gotan Project, quando ainda ninguém conhecia) a ter audiência a nível nacional, mas levas com uma Comercial e até uma Antena 3 que gastam as músicas até à exaustão e sempre dependentes da playlist. De hora a hora lá vem mais do mesmo.
E MAIS UMA BOCA CONTRA O MEU BENFICA E VAMOS TER DE AJUSTAR CONTAS!! MAS AFINAL QUEM É QUE MANDA AQUI, HEIN?? OLHA QUE EU SOU CAMPEÃ OLÍMPICA DE PESOS PLUMA!...
Magnolia, a arregaçar as mangas...
Oh, mete um metalzito e vais ver que os moldavos ou romenos ou lá que são não te incomodam mais. Algumas dicas ligeiras:
Os nossos Moonspell, HIM, Entwine, Nightwish, Within Temptation ou os novos e também "nossos" Icon & The Black Roses, sejam eles plágio de outras bandas ou não.
Ou então The Rasmus, para algo mais leve.
:)
Olá!
Ó Magnólia, tu não tens de ficar assim por causa de seres do Benfica... só vem provar que os portugueses têm uma certa tendência para o mau gosto... Não é um defeito teu, tu mesma já disseste aqui que há 5 milhões 999 mil e 999 pesssoas com essa falta de gosto/sensibilidade. São coisas que acontecem!
Da mesma maneira que tu és benfiquista, outros gostam de O-zone. Eu também hei-de ter alguma coisa de mau gosto mas em tantas qualidades não consigo encontrar nada assim de repente... :)
Voltando à história da música... a Oxigénio não chega ao Porto, o mesmo se aplica às restantes rádios-Montez. Eu acho que há espaço e mercado para PROGRAMAS mais ecléticos, o que não há é visão por parte das rádios nacionais para isso. Quer se queira quer não, a rádio em Portugal resume-se e um centralismo lisboeta e são dirigidas por pessoas que são propícias a generalizar o país tendo como referência Lisboa, são aquelas pessoas que quando vão a Beja dizem que as coisas já são diferentes, já não há um "gap" tão grande entre Beja e Lisboa, precisamente para fundamentar as generalizações descabidas que fazem. São 3 grupos - Rádio e Televisão de Portugal (através da Rádio-difusão Portuguesa - RDP); Rádio Renascença e Média Capital Rádio - que estão a matar as rádios locais. Todos eles têm pelo menos uma ou outra hora, num ou noutro canal, para emissão "regional". Mas como é que eu posso considerar a Mega FM (grupo Renascença) "regional" se só difere de Lisboa nos animadores? O mesmo se aplica à Best Rock e apenas a RDP Antena 1 vai mantendo um programa regional, a falar de nós, a falar dos nossos eventos, a falar dos nossos problemas. Agora em termos de música o Porto vive uma dependência de Lisboa nunca antes vista. Inclusivé a rádio que se diz com "a melhor música do Porto" é gerida via controlo-remoto a partir de Lisboa pela mesma pessoa que está comodamente sentada na administração da Oxigénio.
Falta acção às rádios locais por esse país fora, falta um renovar de públicos.
O que me chateia particularmente é que há muita gente por cá que quer outros tipos de música, há muita gente por cá a fazer música (o distrito do Porto está na origem da história de muitos nomes da música portuguesa) e não têm lugar na rádio porque, simplesmente, esta não é feita a pensar nesta realidade.
Sobre rádio e música podia ficar a escrever aqui o tempo todo mas não quero tirar o protagonismo à autora deste blogue! ;)
Hmmm... não me quero meter em discussões alheias, mas como futuro profissional da Comunicação Social acho que tenho uma palavra a dizer - mesmo não sendo a rádio a minha área de preferência, nunca se sabe se, algum (infeliz) dia, não vos acontece ligar o rádio e -pimba!- terem a linda (ahhhaaamm!!) voz do NrowS a cantar as notícias.
A minha humilde opinião, obviamente influenciada pela experiência como ouvinte, é a de que as grandes manobras operadas há coisa de ano e meio pelo grupo Media Capital (MC) vieram retirar uma importante diversidade ao panorama radiofonico nacional, a qual está ainda hoje por restaurar.
Falo na qualidade de ouvinte com tendência para o rock gótico e comercial. Se o primeiro raramente tem tempo de antena, o segundo vinha a ser suficientemente bem tratado, desde há alguns anos, pela Comercial, que se assumia como a verdadeira rádio rock. Ora, o rock tem destas coisas: por mais bestial que seja, não vende como produto radiofónico. Vai daí, a MC decidiu colocar o Pedro Tojal à frente da Comercial, convertendo-a numa cópia de má qualidade da RFM. Convenhamos que um original ainda se aguenta, clones já são mais difícies de engolir.
O conteúdo da antiga Comercial passa, pois para a Best Rock, a qual, podendo estar excessivamente centralizada em Lisboa, não deixa de ser regional: transmite apenas para a capital, Porto, Coimbra e Faro, se não me falha a memória.
Acontece que eu sou de Braga... grande chatice! Passei a ter uma RFM com "grandes músicas" de outros tempos e espelho de alguns gostos musicais duvidosos - quer dizer, "Who Wants To Live Forever" é uma boa música, mas quem ouve aquilo 49 vezes ao dia? - e uma Comercial ávida de audi€ncias, lutando por se afirmar num espaço que a RFM nunca deixou livre. O rock desapareceu.
Passei, então, para a Antena 3. Mas não gosto. Aliás, não me é possível gostar. Metal gótico não rima com hip-hop e o tal julgamento de um país inteiro pela bitola de Lisboa está aqui bem presente: se o hip-hop tem grande aceitação na capital e seus arredores, o que leva a Antena 3 a pensar que Portugal inteiro gosta daquilo? É certo que a Antena 3 não dá so hip-hop, mas chega a haver 15, 20 minutos seguidos com yô-yê-tassebem-o.people.a.representar... não há paciência... Estou, agora, a transformar-me num consumidor forçadamente adulto: TSF e Antena 1. Mas consumo agora muito menos tempo de antena do que aqui há uns anos.
(PS - Manuel, isso tudo é só interesse ou a rádio é modo de vida?)
NrowS, isto parece um bocado mal de estar a responder-te num blogue alheio mas pronto...
Eu não trabalho em rádio, apesar de ter vários amigos nesse meio devido ao facto de ter ligações à área musical. O meio musical é um bocado pequeno e quem tem ideias e quer fazer alguma coisa acaba sempre por se conhecer e os projectos acabam por se conciliar entre si. Depois é uma luta diária para não termos de ir parar às mãos de uma Sonae.com ou de uma Média Capital Rádios. Não é fácil e é preciso muito amor à camisola, sobretudo numa fase em que as coisas ainda não viram oficialmente a luz do dia.
A minha área profissional é Engenharia Informática, apesar de neste momento trabalhar apenas por minha conta (quando entrei para o curso, em 1999, era um universo de saídas profissionais, agora é ir fazendo umas coisinhas para aqui e para acolá, enviar currículos e trabalhar muito nos projectos pessoais para ver se estes ganham vida quanto antes para que possa tirar daí mais algum sustento [não espero muito mas que dê para pagar despesas que se foram tendo entretanto]).
Voltando à rádio, tens a RUM, que tem uma série de programas temáticos de qualidade bastante acima da média.
Desculpem lá interromper, querem uns pastelinhos de bacalhau?
(Uma entrada mesmo à gaja, eh, eh! Apeteceu-me.)
Continuem, continuem.
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