quinta-feira, agosto 26

E daí?

Para quê tanto chinfrim pela vinda do "Barco do Aborto"? Venha ele! Se há coisa que me afecta os nervos é a hipocrisia! E a dos betinhos-todos-pela-vida-iupi até me dá comichões... Querem ver que é agora que o Portas-ai-valha-me-Deus-c'horror vai dar uso ao submarino? Que país, este.

8 Comments:

Blogger NrowS said...

Eia, Magnolia!! Que grande ideia, essa do submarino!! :D
Por princípio, sou contra o aborto (acho que é melhor começar por aqui, para ficar tudo claro), mas entendo - e defendo - que para que ele possa ser encarado como última opção, é preciso dar uma série de passos no sentido de um planeamento familiar extremamente eficaz e acessível a toda a gente. O panorama, em Portugal, não me parece esse, de todo. Mais ainda porque, cá, o planeamento parece ainda algo clandestino, praticado não se sabe bem onde nem como. É preciso agir no sentido de levar o planeamento a uma fatia cada vez maior da população. Aí, a necessidade de um aborto tenderá a diminuir, já que a gravidez terá sido evitada por outros meios.
Claro que isto puxa um bocadinho para a utopia... principalmente enquanto uns ficarem sentados nas leis que existem, a defender a ilegalidade do aborto e outros fizerem da sua despenalização o cavalo de batalha. Para mim, todos se centram no problema errado.
O que mais me preocupa na liberalização é que esta possa conduzir a uma 'consciente irresponsabilidade' de saber que existe sempre o aborto.
Quanto ao barco... que fazer? Se os abortos são feitos em alto mar, a lei é holandesa e nem o direito a atracar pode ser vedado. Se não quiserem que ele volte, então o melhor é meter mão à obra. :p

03:30  
Anonymous Anónimo said...

Embora considere que não se deva abortar aqui e acolá e por tudo e por nada, creio que a lei sobre esta questão deva ser abortada (mais uma vez o aborto até nas leis), não por causa das Pimpinhas, Vasconcelos, Cinhas, Roquettes, Prietos e outras tantas jets do país, mas por causa das que têm apelidos menos sonantes que as supracitadas, e que se sujeitam, graças à impossibilidade de proverem uma família, às mãos de autêntica(o)s carniceira(o)s e depois suportam, durante o resto da vida, não só a imagem da terrível experiência, mas também a ideia do "e se...".
As outras vão para clínicas na Europa, e tudo porque naquela noite tiveram um descuido com um conhecido tipo da televisão que não quer cá esse tipo de responsabilidades agora! E lá pedem à mãezinha, que defende, perante as câmaras, a continuação da penalização do aborto, o chorudo montante de euros para ir até à clínica da Tia Espanha mandar o bébé "estudar".

Uiiii...estão a chamar-me p'ró pequeno almoço.

Quem quiser que continue....

Camélia

08:28  
Blogger Magnolia said...

Ó Maria Camélia, essa do "abortar aqui e acolá, por tudo e por nada" nem parece teu!! Desde quando é que uma mulher faz um aborto de ânimo leve?? Falas como se fosse ir ali ao supermercado comprar batatas... Isso soa mesmo a discurso de "pró-vida-nhã-nhã-nhã-ró-nhó-nhó-pardais-ao-ninho-assassinas". Esses tipos é que falam do aborto como um método contraceptivo! Tristeza...
Continuem que eu estou a gostar, foi só um "à parte", já sabem que sou a favor da despenalização mesmo...

10:52  
Blogger S. said...

Não gosto que a sociedade se imiscua nos assuntos mais intimos do ser humano. Toda a mulher sabe que um aborto não é algo que se faça de animo leve. Não é mesmo. Quem já teve um "susto", sabe que apesar ao "susto" dos primeiros segundos de consideração de uma gravidez hipotética, se segue uma onda de amor capaz de lutar pela hipotética vida que ainda não se consegue confirmar. E que quando se confirma que era apenas um "susto", fica uma tristezazinha muito sentidinha que apenas é colmatada pela certeza de que "este não era o momento". Mas esta é a minha perspectiva de mulher em idade fértil, classe média para quem uma gravidez, mesmo que independente, não seria uma tragédia, e para quem um aborto seria algo que já não faria.

Mas quanto à questão da despenalização, não só é desejável como é imperativa. Apenas as mulheres sabem se e como podem ter um filho, ou mais um filho, e se seriam capazes de o criar. Há certas assuntos intimo em que a sociedade não devia imiscuir-se, especialmente de uma forma irreflectidamente cínica.
Ninguém tem o direito de impedir que o próximo aja sobre si mesmo. Cada um sabe de si. A única coisa que a sociedade pode fazer é oferecer o máximo de informação, apoio psicológico e condições para que, qualquer que seja a decisão tomada, esta o seja de plena consciência e com o menor dos danos para a pessoa humana.

12:41  
Anonymous Anónimo said...

EU NÃO ABORTO... PRONTUS... deu-me um trabalhão a criar esta proeminência para agora... NEM SONHEM... FICO ASSIM... EM ESTADO GRÁVIDO.... TENHO DITO!!!!!!
Tius Gravidus (perdão, Brutus) deve ser dos SAN FRANCISCOS!!!!!

22:49  
Blogger Magnolia said...

AI AGORA JÁ TENS BARRIGA??
Pronto, isto estava a correr muito bem... comentários correctos, lúcidos, sérios... Eu bem tento dar um ar credível a este jardim, mas ele que não trouxesse a sua pancinha! Afinal, em que ficamos? Não era um músculo?? (Ultra desenvolvido...)

11:02  
Anonymous Anónimo said...

Pois minhas ricas flores, fiquem sabendo que existem mulheres que fazem abortos de ânimo leve, SIM SENHORA! A última que conheci, após ter sido submetida à dita "cirurgia" em local incerto, pagou, e foi comer pizza com os amigos para a Costa da Caparica. Ah!

E agora?! AH, tomem lá que é para aprenderem a defender quem não conhecem! Não julguem os outros como se estivessem a julgar-vos.

E hoje estou muito mal disposta. Humpf.

Camélia

08:07  
Blogger Magnolia said...

Já reparámos...

10:24  

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