segunda-feira, março 29

A Feira das Vaidades?

Mais uma edição da Moda Lisboa que decorreu este fim-de-semana. Mais desfiles, mais colecções e, mais uma vez, os do costume: temos o excêntrico, o sempre-disponível, o não-me-toques, o cabeleireiro das estrelas (quais?), a-que-tem-a-mania, a bicha doida, a bicha não-doida, o só-amigo-do-outro-nada-mais, o simpático, a simpática, filhos & Cª, o presidente, o-que-só-quer-dar-nas-vistas-senão-ninguém-fala-dele, o futebolista, a tia, a sobrinha, a prima, a lambe-botas, o actor, a vizinha do lado e os profissionais da coisa... Também não faltou, obviamente, a-modelo-tão-pedrada-que-não-sei-como-não-caiu-em-pleno-desfile. (Mas conseguiu chegar até à ponta e voltar, deve ter seguido as luzes! Cheguei a temer pela vida da pobrezinha, tal era o estado... Esticam-se e depois dá nisto, esta menina deve ser o orgulho da mamã...)
É o espectáculo dentro do espectáculo, então quando chega a hora de sacar das tesouras... O desfile tornou-se muito mais importante na plateia do que na passerelle e fazem-se ali mais vestidos numa hora do que no atelier dos estilistas durante meses! Como eu até gosto de ver o circo pegar fogo, não é nada que me choque mas o meu objectivo na nossa Lisboa Fashion Week ("Weak" para alguns...) é realmente conhecer as novas colecções, o que, pelos vistos, se tornou secundário! E, ao contrário dos cravas que lá andam, tenho convite por ser cliente...
A feira das vaidades no seu melhor, mas se faltaram não se preocupem, daqui a seis meses há mais... do mesmo.

P.S.- À noite foi party time, mas porque é que aparecem sempre as "meninas copa D" quando a festa era supostamente para gente elegante? Depois queixam-se que a casa esvazia cedo...

quarta-feira, março 24

Sabemos enfrentar as críticas?

O certo é que todos os dias enfrentamos júris diferentes, basta-nos sair de casa.
Quantas vezes já nos sentimos incomodados com um olhar reprovador, um comentário, qualquer coisa que, em vez de ignorarmos, nos deixou a pensar "porquê"? É o colega que nos acha prepotentes por dizermos a frase certa na hora certa (em vez dele), é o vizinho que nos olha de cima a baixo porque não nos vestimos iguais a ele (mal), é encontrar um ex-namorado que nos faz um ataque frontal com o rosto (que se traduz num "deixaste-me de rastos"), é a amiga de infância que já tem 3 filhos e nos pergunta porque é que ainda nem casámos, é entrar num café ou restaurante sozinha e sentir-se a tensão no ar...
Será que isto só acontece durante as fases de insegurança pelas quais todos nós passamos? Então porque acreditamos apenas nas coisas más que dizem de nós, independentemente das provas em contrário? Um vizinho, um colega, uma careta podem deitar por terra aquilo que pensávamos saber distinguir. Porque é que não damos a mesma importância aos elogios?
Na vida e no amor, porque acreditamos na crítica pior?

segunda-feira, março 22

Viram?

Viram o Sporting a jogar como se fosse uma equipa da 75ª Divisão e perder por 4-0? Tendo em conta uma grande amiga minha sportinguista, vou deixar apenas um simples comentário: AH!AH!AH!AH!AH!AH!AH!AH!AH!AH!AH!AH!AH!AH!
(Ai, ai... hoje estou tão incisiva...)

Elas andam aí?

Essa história de que não há mulheres feias é pura poesia. Há mulheres feias, sim. Então aquelas que são feias por dentro (de tanta maldade e de tão pouco sexo) só podem ser horrorosas por fora! Usam é um óptimo fond de teint de uma marca fantástica que só pode ter sido inventado por uma mulher: chama-se cinismo. Aliás, isto não é um simples fond de teint... é um verdadeiro estuque!
Medooo....

sexta-feira, março 19

Sapatos = Homens?

Já se sabe que as mulheres perdem a cabeça por sapatos... e por homens. Calha a todas, minhas queridas... Depois existem aquelas que desistem da trabalheira que um homem dá e assumem relações lésbicas e aquelas (parvas como eu) que continuam a acreditar no jackpot. (Isto levava-nos tão longe...)
Bom, será que podemos estabelecer alguma ligação entre estes dois fenómenos tão eficazes nos distúrbios femininos? Tal como os sapatos, existem vários tipos de homem. Tal como os homens, existem ocasiões diferentes para usarmos cada par de sapatos. Senão vejam,

Mocassins - Baixos, sempre iguais, muito fora de moda. Queremos um homem assim para nosso amigo, aquele por quem nunca nos iremos apaixonar apesar das crises de carência.

Bailarinas - Muito românticas, voltaram em força, mas não se podem usar sempre e não combinam com tudo. Ou seja, gostamos de homens românticos, gostamos dos jantares, das velas, das surpresas, dos mimos... mas nas alturas certas. O que é demais enjoa. Continuem a abrir-nos as portas que já é bom sinal.
Estes parecem os colegas que querem impressionar-nos só para depois conseguirem algo mais.

Ténis - Muuuuuuuuuuuuito práticos, sejam para fazer exercício ou como o último grito da moda, mas aqui há que saber conjugar o look. Não vale a pena gastar um dinheirão nuns ténis Yamamoto se se vestir à betinha! (Acreditem que já vi de tudo).
Ora bem, um homem desportista... é sempre um homem desportista! (Fiz-me entender?...) Mas queremos sair do escritório para jantar ao lado do tipo que não larga as t-shirts nem que estejam 10 graus negativos? E que tem de se levantar cedo aos fins-de-semana porque tem treinos/competições/exercícios/qualquer coisa menos dormir?? Usar só para a cama, se não fôr adepta da vida saudável extrema.

Botas - O mais comum, há de tudo: altas, baixas, salto alto, salto curto, rasas... Combinam com tudo, para todas as ocasiões. Se achar um homem assim case com ele! (Boa sorte, porque tal como as botas escondem os pés, esse homem "perfeito" deve esconder algo terrível...)

Stilettos - Saltos muito altos, muito finos, o requinte dos sapatos. Porém... muito desconfortáveis. Usar apenas em ocasiões especiais, quando quiser deslumbrar a plateia. Aqui encontra-se a categoria dos modelos: leve-o consigo a uma festa, um acontecimento social. São muito bonitos por fora, óptimos para a fotografia, mas não os deixe abrir a boca.

Pumps - Muito trendy, diria mesmo exclusivo para fashion-victims (eu assumo-me, ok...). Há que saber usar, têm muita personalidade. Este é o homem ideal para namorar com mulheres que sabem o que querem, ele não se intimida com a forte presença delas. Agora... duvido que o leve ao altar!

Sandálias - Minha amiga, se tiver uns pés horríveis ou mal tratados, esqueça! Sandálias não são para si. As sandálias são como os homens de negócios, tem de ser perfeita para acompanhar este executivo. O que eles ainda não descobriram (no meio de tanta tinta loira e silicone) é que mulheres perfeitas não existem... Mas enquanto isso não acontece aproveite as mordomias que o ordenado dele proporciona!

Entretanto, se existir desse lado alguma mulher que me diga que o seu homem consegue conciliar todas estas facetas... Parabéns querida, VOCÊ NÃO É DE CÁ E ACABA DE GANHAR UM BILHETE SÓ DE IDA PARA O PLANETA BARBIE.

quinta-feira, março 18

Fanática, eu..?

Não... só acho que devia existir uma lei que obrigasse os pais de cada recém-nascido a fazê-lo sócio do Benfica. (Também devia haver outra lei que me permitisse encher o Nuno Gomes de beijos depois de cada vitória! Tudo para bem do rendimento do atleta, obviamente! Os sacrifícios que eu sou capaz de fazer pelo meu clube... E que caia já aqui uma nave espacial cheia de marcianos se isto não é verdade!)

quarta-feira, março 17

Desculpe??!

Na semana passada li algures uma citação de um "senhor" deputado (o nome passou a ser insignificante perante tamanha pérola) do PP (só podia...) que, trocado por miúdos, significava qualquer coisa do género "ok, em alguns países a excisão do clitóris é prática frequente...ok, é retirado à mulher o direito ao prazer... mas é por motivos religiosos e podem engravidar à mesma." PERDÃO?? Nem me lembro se o "senhor" também se referiu ao factor DOR. O único comentário que me ocorre é que a lobotomia existe por algum motivo...
Não esquecer que são estas pessoas que impedem a legalização do aborto no nosso país. Também nos é retirado o direito a mandar no nosso corpo, o direito a condições médicas dignas no caso de uma interrupção da gravidez por motivos que só a nós (e respectivos companheiros) dizem respeito, para não falar no facto de passarmos a ser potenciais criminosas. As que não têm dinheiro, obviamente, já que temos Espanha aqui tão perto, não é "senhor" deputado?
Cheira-me que não vai ser nas próximas décadas que vamos finalmente parar de assinalar o Dia Internacional da Mulher... Infelizmente.

segunda-feira, março 15

Corte e costura ou factos reais?

Fica ao critério de cada um. As minhas perguntas vão basear-se no dia-a-dia, as respostas (a haver) provavelmente não serão lógicas. Eu avisei.
Bem-vindos a Vénus...